Se tem uma coisa que aprendi com o tempo é que o fim, as vezes, é só mais um motivo para a gente começar de novo.
Então crescemos. Passamos dos 18 anos, o colégio acaba, e finalmente a hierarquia dos grupinhos populares vai por água a baixo. Malhação vira mais um programa chato da Globo.
Nossas melhores amigas já não são tão melhores assim. Mudando o gosto musical. Percebendo que as primas que eram bebês há pouco tempo já sabem danças o funk do momento.
Temos que decidir o que fazer da vida. Começamos a preferir livros sem figuras. Então vamos para cursos e faculdades. Começamos a trabalhar, nosso animal de estimação morre, mudamos de cabelo, de guarda-roupa de melhor amigo e, mais uma vez, mudamos a maneira de ver a vida.
Fechamos os olhos e achamos que as coisas estão mais loucas do que nunca. Então, finalmente, adormecemos e acordamos sem nos lembrar da complexidade da coisa mais simples do mundo: viver.